quinta-feira, 23 de abril de 2009

Circulação fetal


Circulação fetal
O feto não respira e, deste modo, o sangue fetal não pode ser oxigenado nos pulmões. Um outro órgão deve substituir os pulmões para que o feto receba adequado suprimento de sangue oxigenado: este órgão é a placenta. O sangue oxigenado retorna da placenta pela veia umbilical. Cerca da metade do sangue proveniente da placenta passa através dos sinusóides hepáticos, enquanto o restante é desviado do fígado e segue pelo ducto venoso para a veia cava inferior.
Ao nascimento, a circulação placentária é interrompida e a resistência periférica se eleva subitamente, e o recém-nascido apresenta uma asfixia progressiva. Por fim, o lactente realiza vários movimentos respiratórios vigorosos e os pulmões se expandem (diminuindo a pressão intrapleural). A acção aspirativa do primeiro movimento respiratório, associada à constrição da veia umbilical, retira até 100ml de sangue da placenta (“Transfusão placentária”).
Após o nascimento:
1º- Contração do esfíncter do ducto venoso, impedindo a passagem do sangue para a VCI. A veia umbilical atrofia, formando o ligamento teres e o venoso.
2º- A aeração pulmonar aumenta o fluxo sanguíneo por diminuir a resistência. Assim aumenta-se o volume que chega ao AE, aumentando também a pressão no mesmo, fechando assim o foramen oval (fechamento fisiológico). Em até 1 ano acorre o fechamento anatômico.
3º- Fechamento do ducto arteriosus. As primeiras respirações do bebê fazem com que haja produção de bradicinina e que se aumente a pressão de O2 no sangue. Esses dois fatores fazem a musculatura lisa da parede do ducto arteriosus (que é mais espessa no RN) contrair-se até fechá-lo.

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