quarta-feira, 29 de abril de 2009

Linfidema


O linfedema é um inchaço causado por uma interferência com a drenagem normal da linfa para o sangue.
Em raras ocasiões, o linfedema é evidente ao nascer. Mas, muitas vezes, aparece em fases posteriores da vida devido a causas congénitas ou adquiridas.

O linfedema congénito deve-se ao facto de a pessoa nascer com um número reduzido de vasos linfáticos, que são insuficientes para conter toda a linfa. O problema afecta quase sempre as pernas e, em raras ocasiões, os braços. As mulheres têm maior probabilidade do que os homens de ter linfedema congénito.
Embora o inchaço se possa observar desde o nascimento, de um modo geral os vasos linfáticos nesse momento estão adequados à pequena quantidade de linfa que o lactente possui. Com maior frequência, o inchaço aparece posteriormente quando o volume de linfa aumenta e supera a capacidade do número reduzido de vasos linfáticos. O edema começa gradualmente numa das pernas ou em ambas. O primeiro sinal de linfedema pode ser o edema do pé, o que faz com que o calçado fique apertado no final do dia e deixe marcas na pele. Nas etapas iniciais desta doença, este sintoma desaparece quando se eleva a perna. (Muitas pessoas que não têm linfedema sentem um inchaço depois de terem estado de pé durante períodos prolongados.) O linfedema congénito agrava-se com a passagem do tempo; o inchaço torna-se cada vez mais evidente e não desaparece completamente, mesmo depois de uma noite de repouso.

O linfedema adquirido é mais frequente do que o congénito. Aparece geralmente depois de uma grande cirurgia, sobretudo após um tratamento do cancro no qual se tenham extirpado gânglios e vasos linfáticos ou quando estes foram irradiados com raios X. Por exemplo, o braço pode tornar-se propenso ao inchaço depois da extirpação de uma mama com cancro e dos gânglios linfáticos próximos. A cicatrização de vasos linfáticos que sofrem infecções de forma repetida também pode causar linfedema, mas é muito pouco frequente, excepto em infecções pelo parasita tropical Filaria.

No linfedema adquirido, a pele parece sã, mas está inchada. Se se pressiona a zona com um dedo, não fica sinal, como acontece quando o inchaço por acumulação de líquidos (edema) é o resultado de um fluxo inadequado de sangue pelas veias. Em raras ocasiões, a extremidade incha exageradamente e a pele é tão espessa e enrugada que tem o aspecto da pele de um elefante (elefantíase).

Uma das causas de linfedema
A mastectomia com remoção de gânglios linfáticos é uma das causas de linfedema (neste caso, no braço esquerdo).

Tratamento

O linfedema não tem cura. Em casos ligeiros, as ligaduras compressivas reduzem o inchaço; nos mais graves, usam-se meias pneumáticas todos os dias durante uma hora ou duas para reduzir o inchaço. Uma vez que o inchaço se tenha reduzido, utilizam-se meias elásticas até ao joelho todos os dias, do levantar ao deitar. Isto controla o inchaço até certo ponto. Para o linfedema no braço, utilizam-se luvas pneumáticas (semelhantes às meias pneumáticas) diariamente para reduzir o inchaço; também existem, igualmente, luvas elásticas. Para a elefantíase pode levar-se a cabo uma grande intervenção cirúrgica para extrair a maior parte dos tecidos inchados por debaixo da pele.

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